AI WEIWEI
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AI WEIWEI

Atualizado: 18 de set. de 2020

Por dentro da exposição RAIZ WEIWEI, do artista e ativista chinês.

Raiz é o nome da maior exposição já realizada pelo artista plástico chinês Ai Weiwei e a primeira exibição do mesmo no Brasil. Com 8 mil m², a mostra traz 70 obras históricas e outras 24 inéditas criadas a partir de sua imersão pelo Brasil e suas tradições. Quem assina o projeto e curadoria é o produtor cultural Marcello Dantas, que se propõe a revelar a história de um dos maiores artistas da atualidade.

O destaque de seu trabalho se dá pela forte crítica ao governo chinês e interesse por questões sociais, como a crise mundial de imigração. Com histórico pessoal de perseguições políticas, prisões e até destruição do estúdio ordenado pelo governo, em 2015 ele deixa seu país de origem e se sobressai no cenário internacional. Muitas de suas obras fazem referências contundentes a estes temas, como um dos maiores trabalhos expostos, um barco de refugiados à deriva que hoje encontra-se no último andar do edifício, onde também se encontram vídeos gravados pelo artista em campos de refugiados pela Europa.

Alguns de seus trabalhos mais conhecidos podem ser vistos na Oca como o "Dropping a Han Dynasty Urn (Deixando cair uma urna da dinastia Han)", uma obra que mostra o jovem artista derrubando intencionalmente uma urna cerimonial de cerca de 2.000 anos, da Dinastia Han, período da história da civilização chinesa. A ação subversiva e transformadora foi captada e transformada em três imagens, que vêm sendo expostas em mostras por todo o mundo. No Brasil, pode ser vista a versão dela em peças de Lego.


Muitos de seus trabalhos tensionam o mundo contemporâneo e os modos tradicionais chineses de pensamento e produção, assim como a obra “Sunflower Seeds” ou em português “sementes de girassol”, composta por 8 milhões de imitações de sementes de girassol feitas de porcelana e pintadas a mão por artesãos chineses. A instalação possui 10m³ de sementes, e trás a questão da produção em massa e perda da individualidade.


Outra obra importante que também pode ser vista na exposição no Brasil é a "Straight", uma instalação de 164 toneladas de vergalhões de diâmetro variado resgatados dos escombros das escolas de Sichuan, na China, destruídas pelo terremoto que abalou a cidade há dez anos. Contra a omissão das autoridades, que não divulgou o número de vítimas, ele pesquisou e descobriu que 5 mil crianças foram mortas na tragédia.

A exposição revela também a capacidade de subversão dos suportes tradicionais das artes ao mesclar trabalhos das mais variadas técnicas como escultura, instalações de mídia, fotografia, filme, arquitetura, curadoria e crítica social.

Quando? De 20 de outubro de 2018 a 20 de janeiro de 2019Terça-feira a sábado, das 11h às 20h;Domingo e feriados, das 11h às 19h.

Onde? Oca – Parque do Ibirapuera, av. Pedro Álvares Cabral, s/nº

Quanto? R$ 20

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